sexta-feira, 29 de junho de 2012

Passaporte Carimbado- Ruy Fonseca

Como falei aqui nas duas entrevistas que já publiquei com os conjuntos brasileiros do Hipismo CCe, Marcelo Tosi e Renan Guerreiro, o adestramento é sempre a modalidade que atrapalha o Brasil na disputa pelas primeiras posições. Ruy Fonseca é o melhor brasileiro nessa modalidade e a maior esperança de um bom resultado para fazer com que a equipe suba de posição: " Estou sempre muito bem no adestramento, tive bons resultados no mundial e no Pan. Gostaria muito de perder menos de 50 pontos na prova em Londres" comentou Ruy.

Ruy, montando Too Bombadil Too, foi o melhor brasileiro no mundial de 2010, foi 36º no geral e, no Pan de Guadalajara havia sido o melhor brasileiro no adestramento mas depois foi eliminado com problemas no cross country. Para Londres, o foco é ficar entre os 25 melhores, que faria com que disputasse a final da competição, que é a segunda passagem dos saltos: " Quero saltar a final, no mundial eu fiquei perto disso" disse. Na ocasião, perdeu 53 pontos no adestramento, 28 no cross e zerou a prova de saltos.

Ruy mora faz tempo na Europa, local em que acontecem as principais competições do mundo, e sabe da importância disso: "Morar aqui significa estar trabalhando e competindo entre os melhores do mundos empre, trazendo mais experiência e mais conhecimento dos juízes". Atualmente, o atleta está em 186º do ranking mundial, com destaque para a 16ª posição obtida num torneio 3 estrelas na Alemanha no último mês de maio, em que perdeu apenas 63,20 pontos.

Ruy terá uma importância muito grande para o Brasil na prova por equipes, principalmente por seus resultados no adestramento. Aos 27 anos, já pensa no Rio de Janeiro: " Na prova por equipes, se todo mundo fazer seu melhor, podemos ficar entre os cinco primeiro, que já seria um grande resultado. O maior objetivo é a preparação para 2016 e lá chegar com chances reais de medalhas".

No mundial, ele foi o 49º melhor no adestramento, 43º no cross e um dos melhores no salto, já que zerou o único percurso que fez. Apesar de ser o melhor brasileiro no adestramento, o resultado ainda não é bom internacionalmente. No cross e nos saltos, o conjunto está bem preparado: " Gostaria de fazer o cross com o menor tempo possível e, claro, zerando, mas será difícil pois o terreno é bem ondulado e cheio de curvas. No salto, quero sempre zerar".

A equipe brasileira, se não tiver nenhum problema externo como cavalos eliminados antes mesmo do início das disputas, tem chances sim de ficar entre os seis ou sete primeiros. No individual, briga sim por um lugar na final, principalmente se conseguir ir no cross, coisa que não conseguiu no último mundial.

A série Passaporte Carimbado falará das chances de cada um dos atletas brasileiros que vão a Londres. Objetivo é entrevistar TODOS que vão em esportes individuais e uma boa parte dos que vão em coletivos.

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